Oh deixa-me ser o gemido deste violino
Que neste violento tango, já não há
O lugar que uma vez houve no meu único lar
Serei fumo, vazio talvez?
Para ti sei que não sou mais humana
Apenas a preciosa memória de uma flor
Que agora não olhas por vergonha e culpa
Sei que pequei, e como pequei!
Mas se há pecado que não cometi foi desistir
Que me importa agora se sofres?
Que me importa se te usam e magoam?
Não venhas ter comigo quando precisares de alguém
(Por favor vem!...)
Chora só quando te magoarem como me magoaste a mim
(Deixa-me limpar-te as lágrimas...)
Sofre em silêncio, que ninguém te vai ouvir
(Vem ter comigo, acalentarei teu coração)
Destróis-me e queimas-me e de mim
só esperam que me erga e me orgulhe de quem sou
E quem sou eu senão a boneca com que brincaram
A boneca que partiram e abandonaram?
Curei as minhas feridas sozinha, e as outras que esqueci
Tropeçaste nelas sem querer e acordaste um medo irracional
Medo do escuro, da magoa e dos homens
E ensinaste-me um novo medo
Medo da luz, medo de ser feliz
Sou velha sim, no coração.
Já o sabia, e tu viste também, o brilho velho da minha alma
E que querem que faça?? É a minha natureza!!
Sou velha sim! E serei até alguém me embalar o coração e quando me prometer: para sempre que o cumpra!
Uma coisa garanto: cuido dos que amo (mesmo que seja à minha maneira)
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