Serão chuva as minhas lágrimas?
Será vento a minha dor?
Será sol a minha esperança?
Será luar a minha dança?
Será fogo o meu amor?
Será sobejo este beijo,
Enquanto for com ardor
Sinto no meu peito
o bater do teu coração
será ausência de leito,
ou demência da paixão?
Como num prado verde e sereno
Sinto no sangue um doce veneno;
Com apenas um beijo tão puro
Uma pobre alma já curo,
Seu tormento já não é tão duro
E seu ódio não tão ardente.
Amor meu, tão inocente:
Cabe na alma, nas mãos e lava o rio,
Cobre o mundo e o maresio.
Basta uma noite ao luar
A dançar sem parar.
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