quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Amor é

Amor é sol e é chuva
É ver o mundo com visão turva
É um arco-íris de esperança
É entre outros casos e o nosso
Nunca ver qualquer semelhança
É querer e contudo dizer: "Não posso".

O Amor é sereno
Em toda a sua calma turbilhante
Tem o poder de transformar veneno
Em champanhe borbulhante
Hoje, nascemos do amor
Amanhã, perecemos na sua dor
Murchamos como uma flor
À qual o sol não beijou,
À qual a chuva não molhou
O Amor é sol e é chuva.

sábado, 26 de setembro de 2009

Amor

Como mulher não entendo:
Como podem saber os homens amar?
Como amam eles? Como sofrem eles? Como sentem eles?

Expliquem-me!

Para ti


Ter esta urgência de amar em mim.
De implorar perdão,
de querer amar platonicamente
quem sei ter perdido estupidamente.

Perdoa-me, Adoro-te.

Ser poeta

Ser poeta é mais que rimar
É mais que escrever,
É sentir cada poema como um fragmento de si
Sofrer na alma a dor de se ser quem é
e não se conhecer.
Ser poeta é escrever o coração e não reconhecer as próprias palavras
Ser poeta é ser-se quem é
É ser humano
E infinitamente finito. É ser algo mais, que no fundo é tão pouco
É amar sem saber quem ou o quê
No fundo é amar o amor em si
Ser poeta é ser deslealmente leal
E usar contradições para descrever o que sente e o que vê
e compreende-las quando mais ninguém compreende
É ver o mundo a preto, branco, azul e dourado,
Mas nunca como os outros
Ser-se poeta é ser-se louco, e sofrer com a sua própria imperfeição
É amar e não gostar de ser amado, desejando profundamente alguém que nos ame
é não saber como dizer sim à pessoa certa, e não à pessoa errada
É a solidão que se auto-rejeita e sente a sua própria falta
É saber a dor e não saber como dela sair
Ou não o querer.
É um acelerar do coração nos momentos mais simples
e sentir saudade da felicidade que quando temos não queremos.
Ser poeta é sofrer calado, com um lápis na mão.