Se o corpo dela fosse praia
seria a pele dourada a areia,
e seus cabelos o mar revolto
que se estende indefinidamente,
rebelde e indomável,
tão meigamente navegável.
Seus seios seriam dunas e
os dedos delicados, corais.
Seus olhos seriam o riso das crianças
e seus lábios, o firmamento.
Seu coração seria as estrelas
e seu ventre, a lua.
Sua púbis seria o sol quente
e suas pernas a rebentação
singela das ondas, espuma.
Se o corpo dela fosse praia
Ali me estendia, e morria.
este é para ti Karkayu.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Até
Leva-me a planar nas asas do pensamento.
Grita-me aos ouvidos até que ouça,
Mostra-me amor até que entenda,
Dá-me, até que sinta, o sentimento,
Ensina-me a brincar na lua que balouça,
Bate-me até que me defenda,
Explora-me até que não mais exista,
Magoa-me até deixar de ser sentimentalista,
Sente-me até que me saiba,
E o teu amor na alma me caiba!
Grita-me aos ouvidos até que ouça,
Mostra-me amor até que entenda,
Dá-me, até que sinta, o sentimento,
Ensina-me a brincar na lua que balouça,
Bate-me até que me defenda,
Explora-me até que não mais exista,
Magoa-me até deixar de ser sentimentalista,
Sente-me até que me saiba,
E o teu amor na alma me caiba!
domingo, 6 de dezembro de 2009
Mágoa
Magoa pensar que roubei o que não tenho direito a ter
Magoa que para ser feliz ela tem que sofrer
Magoa pensar que não mereço este lugar
Magoa pensar que já fui perfeita para ti e não o sou mais
Magoa saber que há pessoas que nos querem ver separados
Magoa ver que há quem faça tudo para nos magoar
Magoa ver que não sabes de quem te proteger
Magoa sentir que não te consigo proteger
Magoa sentir lágrimas na garganta todos os dias, sem as chorar
Magoa ler palavras escritas no meu coração com canetas afiadas
Magoa não saber acreditar mais nas palavras
Magoa sentir o coração sempre assim tão apertado
Magoa odiá-la e querer ajudá-la
Magoa sentir-me tão má pessoa
Magoa pôr o meu ar de cabra
Magoa tentar ser sempre rainha, sempre deusa
Magoa tentar ser sempre perfeita, e sempre falhar
Magoa ter um ego como o meu
Magoa não me compreender
Magoa ler palavras que não mereço
Magoa não dizer sempre o que penso.
Magoa respirar,
Magoa sentir o coração a bater,
Magoam as promessas que fiz.
Magoa viver.
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Solução
Há uma linha ténue entre o ódio e o amor... lembra-me de titulações ácido-base e como menos de uma gota torna a solução mais básica numa solução ácida...
Luar
Na minha pele terrena
bate a luz do luar,
queima-me como o teu olhar.
Dá-me o amor do céu,
Levanta de todos os mistérios o véu,
Porque na minha alma há uma centena.
bate a luz do luar,
queima-me como o teu olhar.
Dá-me o amor do céu,
Levanta de todos os mistérios o véu,
Porque na minha alma há uma centena.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Talvez...
Começo a pensar que poucas ou nenhuma mulher merece o sofrimento de um homem...
Eu definitivamente não mereço...
E tu meu Karkayu...tu....
Eu definitivamente não mereço...
E tu meu Karkayu...tu....
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Bah
it's truly a bad day...
se soubesses o quanto preciso de ti agora. E embora a meu lado, estás à distância de um mundo...
Como me tornas-te tão fraca?
se soubesses o quanto preciso de ti agora. E embora a meu lado, estás à distância de um mundo...
Como me tornas-te tão fraca?
Projecção Astral
Aqui, neste penhasco sentada,
à beira-mar observo aquela luz
que ao fundo aparece
Sorrio, e como se da minha alma
para a minha alma caísse
Embato no meu corpo nu
como se chão de pedra fosse
Frio, cru, vivo.
Sorrio. Aberta e ofegantemente.
à beira-mar observo aquela luz
que ao fundo aparece
Sorrio, e como se da minha alma
para a minha alma caísse
Embato no meu corpo nu
como se chão de pedra fosse
Frio, cru, vivo.
Sorrio. Aberta e ofegantemente.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Poema
Seja o poema um rasgo impulsivo de alma
Um grito do coração
E só quando se tornar arte
Se permita ser aperfeiçoado.
Um grito do coração
E só quando se tornar arte
Se permita ser aperfeiçoado.
Free
Deitada no teu peito
Teus cabelos são espuma
tua pele, terra húmida
Cheira a limão e a mar
Quando te faço o meu leito
Sou leve de peso pluma,
No teu corpo posso voar.
Teus cabelos são espuma
tua pele, terra húmida
Cheira a limão e a mar
Quando te faço o meu leito
Sou leve de peso pluma,
No teu corpo posso voar.
Estrela
Ser pó de estrela,
bebê-la, senti-la, sê-la,
Nesse céu e universo tão bela.
Cheira a amor, cheira a canela.
Pó de estrela, eu que sou ela.
bebê-la, senti-la, sê-la,
Nesse céu e universo tão bela.
Cheira a amor, cheira a canela.
Pó de estrela, eu que sou ela.
Auto-retrato
Frágil senhora da escuridão
Chorando com o coração na mão
Frágil como o pensamento
Mas não me vergo perante o vento.
Chorando com o coração na mão
Frágil como o pensamento
Mas não me vergo perante o vento.
Worthy
Porque o meu "bebé" merece mais.
Pensamentos de cristal,
existência magmática,
quente, enigmática,
mentalidade sentimental.
Pensamentos de cristal,
existência magmática,
quente, enigmática,
mentalidade sentimental.
sábado, 10 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Espinho
É profundo este espinho
Este vento que murmura
E sei que dói
Quem mais perto esteve
De me verdadeiramente conhecer
Sabe. Múrmurios,
Esta é a minha verdade.
Este vento que murmura
E sei que dói
Quem mais perto esteve
De me verdadeiramente conhecer
Sabe. Múrmurios,
Esta é a minha verdade.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Olhos
Os seus olhos são negros
Como um túnel sem fim
Como uma noite sem lua.
Os teus olhos castanhos
tão ricos como a casca
de uma árvore jovem
molhada pela chuva...
E fazes-me sentir segura,
Mas sabes bem,
porque me amas,
que a curiosidade e o perigo,
tão presentes naqueles olhos negros,
são meu eterno desejo.
Ardente e insano.
Como um túnel sem fim
Como uma noite sem lua.
Os teus olhos castanhos
tão ricos como a casca
de uma árvore jovem
molhada pela chuva...
E fazes-me sentir segura,
Mas sabes bem,
porque me amas,
que a curiosidade e o perigo,
tão presentes naqueles olhos negros,
são meu eterno desejo.
Ardente e insano.
sábado, 3 de outubro de 2009
Fraco
Fraqueza... pura e inocente, tão minha que não me permito alcança-la, conte-la nas minhas mãos e dela beber, como água fresca numa fonte.
Como um louco bebe a loucura...
Tentação minha, fraqueza de amor.
Como um louco bebe a loucura...
Tentação minha, fraqueza de amor.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Amor é
Amor é sol e é chuva
É ver o mundo com visão turva
É um arco-íris de esperança
É entre outros casos e o nosso
Nunca ver qualquer semelhança
É querer e contudo dizer: "Não posso".
O Amor é sereno
Em toda a sua calma turbilhante
Tem o poder de transformar veneno
Em champanhe borbulhante
Hoje, nascemos do amor
Amanhã, perecemos na sua dor
Murchamos como uma flor
À qual o sol não beijou,
À qual a chuva não molhou
O Amor é sol e é chuva.
É ver o mundo com visão turva
É um arco-íris de esperança
É entre outros casos e o nosso
Nunca ver qualquer semelhança
É querer e contudo dizer: "Não posso".
O Amor é sereno
Em toda a sua calma turbilhante
Tem o poder de transformar veneno
Em champanhe borbulhante
Hoje, nascemos do amor
Amanhã, perecemos na sua dor
Murchamos como uma flor
À qual o sol não beijou,
À qual a chuva não molhou
O Amor é sol e é chuva.
sábado, 26 de setembro de 2009
Amor
Como mulher não entendo:
Como podem saber os homens amar?
Como amam eles? Como sofrem eles? Como sentem eles?
Expliquem-me!
Como podem saber os homens amar?
Como amam eles? Como sofrem eles? Como sentem eles?
Expliquem-me!
Para ti
Ser poeta
Ser poeta é mais que rimar
É mais que escrever,
É sentir cada poema como um fragmento de si
Sofrer na alma a dor de se ser quem é
e não se conhecer.
Ser poeta é escrever o coração e não reconhecer as próprias palavras
Ser poeta é ser-se quem é
É ser humano
E infinitamente finito. É ser algo mais, que no fundo é tão pouco
É amar sem saber quem ou o quê
No fundo é amar o amor em si
Ser poeta é ser deslealmente leal
E usar contradições para descrever o que sente e o que vê
e compreende-las quando mais ninguém compreende
É ver o mundo a preto, branco, azul e dourado,
Mas nunca como os outros
Ser-se poeta é ser-se louco, e sofrer com a sua própria imperfeição
É amar e não gostar de ser amado, desejando profundamente alguém que nos ame
é não saber como dizer sim à pessoa certa, e não à pessoa errada
É a solidão que se auto-rejeita e sente a sua própria falta
É saber a dor e não saber como dela sair
Ou não o querer.
É um acelerar do coração nos momentos mais simples
e sentir saudade da felicidade que quando temos não queremos.
Ser poeta é sofrer calado, com um lápis na mão.
É mais que escrever,
É sentir cada poema como um fragmento de si
Sofrer na alma a dor de se ser quem é
e não se conhecer.
Ser poeta é escrever o coração e não reconhecer as próprias palavras
Ser poeta é ser-se quem é
É ser humano
E infinitamente finito. É ser algo mais, que no fundo é tão pouco
É amar sem saber quem ou o quê
No fundo é amar o amor em si
Ser poeta é ser deslealmente leal
E usar contradições para descrever o que sente e o que vê
e compreende-las quando mais ninguém compreende
É ver o mundo a preto, branco, azul e dourado,
Mas nunca como os outros
Ser-se poeta é ser-se louco, e sofrer com a sua própria imperfeição
É amar e não gostar de ser amado, desejando profundamente alguém que nos ame
é não saber como dizer sim à pessoa certa, e não à pessoa errada
É a solidão que se auto-rejeita e sente a sua própria falta
É saber a dor e não saber como dela sair
Ou não o querer.
É um acelerar do coração nos momentos mais simples
e sentir saudade da felicidade que quando temos não queremos.
Ser poeta é sofrer calado, com um lápis na mão.
terça-feira, 28 de abril de 2009
silêncio
Silêncio que nao encontro em lado algum
quero o silencio da sala de aula da biblioteca e do meu quarto, mas nao o encontro
O silencio fez greve e nao aguento mais toda esta tropelia de sons, e quando toda a gente se cala, fala o mundo, fala a terra, bem alto, para que nao mais o silencio exista, e toda a gente fala outra vez. Quando o silencio é quebrado primeiro, já ninguém tem motivos para estar calado.
Shhhhh...chega de som...
quero o silencio da sala de aula da biblioteca e do meu quarto, mas nao o encontro
O silencio fez greve e nao aguento mais toda esta tropelia de sons, e quando toda a gente se cala, fala o mundo, fala a terra, bem alto, para que nao mais o silencio exista, e toda a gente fala outra vez. Quando o silencio é quebrado primeiro, já ninguém tem motivos para estar calado.
Shhhhh...chega de som...
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